A inflação na Alemanha deve continuar subindo nos próximos meses, antes de cair “notadamente” a partir do início de 2022, prevê o Bundersbank (o banco central alemão) em relatório mensal, divulgado nesta segunda-feira, 23.

Ainda assim, a autoridade monetária prevê que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da maior economia da Europa estará acima de 2% em meados do ano que vem. O documento atribui a escalada inflacionária a gargalos na cadeia produtiva, liberação da demanda reprimida durante a pandemia e base de comparação fraca.

Quanto à atividade econômica, o BC alemão antevê uma contínua recuperação ao longo do verão europeu, com aceleração em relação à primavera. A melhora é resultado da retirada de grande parcela das medidas de restrições à circulação para conter a covid-19.

“Setores de serviços que antes eram particularmente afetados, como o de hospitalidade, prestadores de serviços de viagem e partes do varejo, serão beneficiados com o relaxamento”, escreveram os especialistas. O Bundersbank, contudo, alerta que a recente escalada de casos de coronavírus, em meio à disseminação da variante delta, poderia impor inesperadas incertezas à economia.