Por Emma Thomasson e Francois Murphy

BERLIM/VIENA (Reuters) – Alemães e austríacos estão correndo para se vacinar contra o coronavírus agora que as infecções disparam e governos impõem restrições aos não-vacinados, como mostraram cifras nesta quarta-feira.

Alemanha e Áustria têm algumas das menores taxas de vacinação da Europa ocidental, e hoje são o epicentro de uma nova onda da pandemia enquanto o inverno se instaura sobre o continente.

O Ministério da Saúde alemão disse que 436 mil pessoas receberam vacinas na terça-feira, incluindo 300 mil doses de reforço, o número mais alto em cerca de três meses. Filas estão se formando em centros de vacinação de todo o país.

“É um sinal de que muitos cidadãos reconhecem a necessidade”, disse o porta-voz do governo, Steffen Seibert, mas acrescentando que a taxa de vacinação ainda não está alta o suficiente.

Cerca de 65% da população austríaca está totalmente vacinada contra o vírus, e cerca de 68% da alemã, muito menos do que se vê em países como Itália e Espanha, atingidos muito mais duramente nas primeiras ondas da pandemia.

Sabine Dittmar, especialista de saúde do Partido Social Democrata alemão, disse acreditar que 1,4 milhão de pessoas poderiam ser vacinadas por dia se as doses forem administradas em empresas, por médicos de família e por equipes de vacinação ambulantes, assim como nos centros de vacinação.

Na Áustria, o número de vacinas administradas diariamente saltou de cerca de 20 mil em outubro para cerca de 73 mil na semana passada, mostraram dados oficiais, mas a maioria foram reforços, e não primeiras doses.

(Reportagem adicional de Michael Shields)

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