Ao observar os resultados do grupo SulAmérica, que anotou uma receita de R$ 18,2 bilhões e um lucro líquido de R$ 773,3 milhões no ano passado, a sensação é a de que a companhia voou em céu de brigadeiro. Ao contrário. “Durante esses últimos anos de crise no País, tivemos de consertar o avião em pleno voo”, diz Gabriel Portella, presidente executivo do grupo. Entre 2016 e 2017, três milhões de brasileiros perderam o plano de saúde e, obviamente, a SulAmérica também sentiu os efeitos do mercado. A saída, diz Portella, foi controlar despesas e investir pesado em tecnologia e em programas de prevenção para evitar sinistros, principalmente, na área de saúde.

Plano definido

Um dos planos que foi colocado em prática, bem antes de a nova reforma trabalhista ser aprovada, foi implantar o home-office para profissionais, como médicos, que trabalhavam na central de atendimento no Rio de Janeiro. “Antes, precisávamos manter o prédio da central operando 24 horas por dia nos sete dias da semana”, diz Portella. Há dois anos, a empresa fez acordo com os sindicatos dos trabalhadores e, depois do horário comercial, os profissionais do call center tiram as dúvidas dos clientes a partir de casa. “Hoje, temos 200 pessoas trabalhando desse jeito”, diz Portella. A meta é fazer o mesmo com a operação de São Paulo.

(Nota publicada na Edição 1060 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Carlos Eduardo Valim, Márcio Kroehn e Moacir Drska)