A cidade de Nova York anunciou nesta sexta-feira um acordo com o Airbnb que obrigará a plataforma a compartilhar informações trimestrais sobre anfitriões, aluguéis e quantias de transações com a prefeitura.

O acordo encerra uma longa disputa depois que o governo municipal aprovou uma lei que punia o Airbnb e outras plataformas semelhantes de aluguel por suas práticas, e exigia que divulgassem informações mensalmente.

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A lei foi bloqueada há um ano e meio por um juiz federal que a considerou inconstitucional.

Pelo acordo, o Airbnb desistirá de sua ação contra a cidade e a lei será atualizada.

O novo compromisso envolve a transmissão de informações trimestrais para aluguéis por mais de cinco dias em um período de três meses, se o anúncio oferecer a casa inteira ou permitir que três ou mais pessoas fiquem ao mesmo tempo.

Isso não muda, contudo, a lei de Nova York que proíbe a sublocação por menos de 30 dias quando o inquilino estiver ausente.

Nova York se opõe a transformar apartamentos residenciais em hotéis, especialmente quando os aluguéis são administrados por grupos profissionais do setor imobiliário, o que reduz a oferta de moradias, aumenta os preços e empurra os nova-iorquinos para fora da cidade.

As cidades de Paris, Barcelona ou Berlim têm posições semelhantes.

“Operadores hoteleiros ilegais que infringem a lei às custas de trabalhadores nova-iorquinos não têm lugar em nossos bairros”, disse o prefeito Bill de Blasio em comunicado nesta sexta-feira.

“Finalmente teremos as informações críticas necessárias para preservar moradias populares e manter nossas comunidades protegidas”, acrescentou.

Christopher Lehane, vice-presidente de políticas públicas globais e comunicações do Airbnb, elogiou o acordo e disse esperar que ele inaugure uma nova era de relações com a cidade de Nova York.