Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) atingiram um nível recorde de 90% de cumprimento do corte combinado em sua produção, afirmou a Agência Internacional de Energia (AIE) em relatório nesta sexta-feira. A AIE disse que a produção da Opep caiu 1 milhão de barris por dia, para 32,06 milhões de barris por dia em janeiro, na comparação com o mês anterior. Este “primeiro corte é certamente um dos mais profundos na história das iniciativas de corte da produção da Opep”, disse a agência.

Em 30 de novembro, a Opep fechou um acordo para cortar sua produção em janeiro em 1,2 milhão de barris para impulsionar os preços. Em dezembro, a Rússia e outros produtores de fora do cartel se comprometeram a retirar 558 mil barris por dia do mercado.

Os membros da Opep atingiram 90% de seus compromissos, quando, em comparação, em 2009 eles levaram dois meses para atingir 80% de uma redução combinada. Se o nível de cumprimento de janeiro for mantido, isso levaria a uma retirada de mais 600 mil barris por dia, disse a AIE.

Os países, porém, têm patamares diferentes de obediência ao acordo. Arábia Saudita, Catar e Angola cortaram mais que o prometido. Os sauditas, maiores exportadores globais, reduziram sua produção em 560 mil barris por dia na comparação com outubro, para 70 mil barris por dia acima da meta pretendida. Já o Iraque cumpriu 53% do corte prometido e a Venezuela, que foi o primeiro a fazer campanha por um limite na produção, apenas 18%. A produção mais baixa foi também compensada em parte pelo aumento na produção de Líbia e Nigéria, países isentos dos cortes.

A produção na Rússia, que está comprometida em realizar mais da metade do corte fechado pelos países de fora da Opep de maneira gradual, recuou 100 mil barris por dia, um terço do corte prometido.

No geral, porém, a oferta global de petróleo recuou quase 1,5 milhão de barris por dia em janeiro, segundo a AIE. Fonte: Dow Jones Newswires.