AgroGalaxy quer testar a temperatura do mercado para novos IPOs do agro

Após desistir do IPO originalmente previsto para março, AgroGalaxy estuda abrir o capital na B3 com oferta restrita de ações, apenas para investidores profissionais (Crédito: Pixabay)
Em março, a rede de distribuição de insumos agrícolas AgroGalaxy, do fundo de private equity Aqua Capital, pretendia fazer seu IPO. A estreia de mais uma empresa do agro na B3 reforçaria a presença do setor, ainda pouco representado, na bolsa de valores. Mas os planos sofreram mudanças. A empresa desistiu da oferta e, na ocasião, afirmou que as condições do mercado haviam se deteriorado muito. Não foi um caso isolado: outras companhias também decidiram rever suas estratégias e prorrogar seus IPOs.
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Agora, a AgroGalaxy decidiu testar novamente a temperatura do mercado. Em fato relevante divulgado na segunda-feira (28), a empresa afirmou que avalia a possibilidade de fazer sua estreia por meio de uma oferta restrita. A operação será coordenada por Itaú BBA, XP Investimentos, UBS, Banco ABC Brasil e Banco Safra.
A expectativa de captação e o preço das ações ainda não foram divulgados, e a decisão ainda está sujeita à aprovação dos sócios, bem como a condições favoráveis dos mercados brasileiro e internacional. Mas a nota, assinada por José Maurício Mora Puliti, diretor financeiro e de relações com investidores da AgroGalaxy, dá algumas pistas de como a empresa enxerga as perspectivas atuais.
De um lado, a opção por uma oferta restrita, em que apenas investidores profissionais (aqueles com mais de R$ 10 milhões aplicados) podem participar, mostra que o mercado continua deteriorado. Embora menos burocrática, essa opção restringe a participação dos investidores. Uma oferta pública tem um alcance maior.
Um sinal dessa deterioração pode ser visto também no caso da produtora de açúcar e etanol Jalles Machado e da Boa Safra Sementes, as duas recentes empresas do agro que decidiram dar sequência à abertura de capital em 2021 e tiveram que aceitar preços de ações inferiores aos originalmente propostos.
Do outro lado, há um interesse crescente do mercado de capitais pelo agronegócio. E outras companhias do setor já perceberam isso. A Raízen, por exemplo, anunciou recentemente que pretende abrir o capital ainda neste ano – e a negociação tem tudo para figurar entre as maiores da história da B3. A exportadora de grãos AgriBrasil também já protocolou seu pedido de IPO, confiante no desejo dos investidores por negócios com estratégia clara na questão da sustentabilidade.
Outro indicativo desse interesse é o desempenho dos papéis da Jalles Machado, cotados a R$ 10,37 no fechamento do mercado na terça-feira (29), alta de 12% desde a abertura do capital, em fevereiro. O potencial está claro. Uma oferta maior de empresas do agro listadas na B3 tende a beneficiar todo o setor.
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