O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, afirmou nesta sexta-feira, 23, que a pasta determinou auditoria rígida nos frigoríficos brasileiros habilitados a exportar carne bovina in natura para os EUA. A medida é uma reação à suspensão, anunciada na quinta-feira, 22, pelos EUA, da compra de carne brasileira.

Ele comentou, também, que os técnicos da Agricultura vão verificar a qualidade das vacinas aplicadas, já que os abscessos detectados pelos EUA na carne bovina são atribuídos à vacina contra febre aftosa. “Vamos fazer uma investigação para verificar onde está o problema”, acrescentou Novacki, ao citar as medidas tomadas para enfrentar o problema do embargo. O secretário afirmou ainda que, em setembro, o secretário da área nos EUA deve visitar o Brasil.

“Não há risco de saúde pública, há reação à vacina da febre aftosa. Os EUA detectaram o problema e reportaram isso para nós”, disse o secretário. Novacki também lembrou que existe uma grande pressão no mercado norte-americano para que barreiras à carne brasileira sejam erguidas. “Os EUA são um grande competidor global. Eles não conseguiram ainda se consolidar no (mercado do) Brasil, pela questão dos (altos) preços (da carne deles)”, disse. No caso do Brasil, de acordo com Novacki, 15 plantas exportam atualmente para os EUA. Todas estão suspensas desde quinta-feira.