SÃO PAULO (Reuters) – A projeção de produção de soja no Brasil em 2021/22 sofreu um corte de 6 milhões de toneladas, ou de 4,5%, em comparação com os dados divulgados no início de janeiro, apontou nesta segunda-feira a AgResource Brasil, filial da empresa norte-americana AgResource Company.

Com isso, após problemas climáticos, agora a safra é indicada em cerca de 125 milhões de toneladas, patamar de colheita que deverá agora ser avaliado pelo mercado, que tem tendência de alta, segundo a consultoria.

“Essa queda ainda é reflexo da forte seca registrada no Sul do Brasil e no sul de Mato Grosso do Sul”, disse a consultoria em nota.

Diante da quebra de safra, a expectativa é que os preços da oleaginosa continuem o movimento de alta, segundo o diretor da AgResource Brasil, Raphael Mandarino.

“Agora, o mercado irá precificar os números abaixo dos 130 milhões de toneladas, trazendo as cotações para patamares superiores”, afirmou ele.

A AgResource Brasil também realizou uma nova redução na safra de milho verão, que caiu de 23,75 milhões de toneladas na estimativa de janeiro para 19,91 milhões de toneladas.

Já a segunda safra de milho, assim como a terceira safra foram mantidas em 85,13 milhões de toneladas e 1,77 milhão de toneladas, respectivamente.

Com isso, a produção total de milho no Brasil projetada pela AgResource Brasil é de 106,82 milhões de toneladas.

“Estamos verificando os preços caminhando para o lado da paridade de importação desde a virada do ano. Agora, as praças que ainda não precificaram para níveis justos (quando comparado o basis em relação ao preço referência) deverão ver estas altas nas ofertas de compra na porteira da fazenda”, destacou o analista.

(Por Nayara Figueiredo; texto de Roberto Samora)

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