Enquanto o setor de motocicletas derrapou no ano passado, com uma queda de 27,9% nas vendas, uma marca conseguiu desviar da crise com, digamos, agilidade. Trata-se da italiana Ducati, que cresceu quase 30%, com 1,2 mil unidades vendidas. Mas, ao contrário do que se imagina, não foi uma tarefa fácil. “O ano passado foi ruim para todo mundo”, diz Diego Borghi, presidente da Ducati no Brasil. “Trabalhamos numa reestruturação completa do time, das concessionárias e brigamos com a matriz para não aumentar os preços das motos.”

Acelerar com cautela

Atualmente, a marca conta com dez concessionárias e três delas fecharão neste primeiro trimestre: as do Rio de Janeiro, de Ribeirão Preto e de Porto Alegre. “Mas a meta é abrir novos pontos, reabrir a de Porto Alegre com um novo representante e terminar 2017 com 12 lojas”, diz Borghi. O crescimento de vendas, porém, não será tão arrojado. “A nossa meta é 10%. O consumidor ainda não está confiante na economia.” Para isso, a marca aposta no modelo Multistrada e em máquinas exclusivas como a 1299 Superleggera. Feita em fibra de carbono, apenas 500 unidades serão fabricadas no mundo e três delas – uma já encomendada – virão para o Brasil. Seu preço? R$ 550 mil.

(Nota publicada na Edição 1003 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Com André Jankavski, Hugo Cilo e Márcio Kroehn)