O número de rinocerontes mortos por caçadores furtivos na África do Sul caiu pela metade nos primeiros seis meses do ano, informou a ministra do Meio Ambiente nesta sexta-feira (31).

No entanto, o número de casos voltou a crescer à medida em que as restrições pela pandemia de COVID-19 foram levantadas, acrescentou Barbara Creecy em nota.

“Durante os primeiros seis meses de 2019, 316 rinocerontes foram caçados ilegalmente na África do Sul”, comparou a ministra.

Um total de 166 rinocerontes foram caçados nos primeiros seis meses de 2020, o que representa uma queda de quase 53% em relação aos 316 de 2019.

“Conseguimos parar a escalada”, celebrou Creecy.

A África do Sul luta há anos contra a caça furtiva de rinocerontes, alimentada por uma forte demanda de seus chifres na Ásia, especialmente na China e no Vietnã, onde são considerados como afrodisíacos, um símbolo de status, ou usados na medicina tradicional.

O ministério atribuiu o sucesso desses números a uma década de várias estratégias, assim como às interrupções na rede de abastecimento devido às restrições impostas aos viajantes durante o confinamento no país.

O chifre de rinoceronte é composto principalmente de queratina, a mesma substância que as unhas humanas. Normalmente é vendido em pó e apresentado como cura contra o câncer e outras doenças.