A AES Brasil, nova empresa do grupo AES no País, propõe aos acionistas da AES Tietê a troca de cinco ações de emissão da geradora hídrica por uma da nova companhia. Com isso, cada Unit da Tietê, que no formato atual junta uma ação ON e quatro PNs, equivalerá a uma ação ON da AES Brasil. A proposta será votada pelos acionistas da geradora no dia 29 de janeiro.

A proposta é parte da reorganização societária já aprovada pelo conselho de administração da companhia. Com a mudança, a AES Brasil, que hoje é formalmente uma subsidiária da Tietê e não possui ativos ou passivos, passará a controlar a Tietê e será listada no Novo Mercado, o segmento de maiores exigências de governança corporativa da B3.

A Tietê, que seguirá como companhia aberta mas não terá mais ações negociadas em bolsa, pertence hoje ao Nível 2, um degrau abaixo do Novo Mercado. Segundo a companhia, a migração dos acionistas de uma empresa para a outra manterá a base acionária nas atuais proporções. Hoje, a AES Corp possui 42,85% das ações da empresa, e o restante está com acionistas minoritários, incluindo os papéis em circulação no mercado.

Segundo a empresa, a reorganização vai facilitar a flexibilização da estratégia de crescimento com a alocação de novos projetos ou aquisições em sociedades controladas pela AES Brasil. Além disso, permitirá uma maior alavancagem em financiamentos.

Haverá direito de retirada até o dia 29 de janeiro para acionistas que forem contrários à incorporação, se abstiverem de votar ou não compareçam à AGE. O valor será de R$ 0,67836260429 por ação de acordo com o valor do patrimônio líquido por ação da Tietê em 31 de dezembro de 2019.