Um jato de combate chinês voou perigosamente perto, a seis metros, de uma aeronave de reconhecimento da Força Aérea americana sobre o mar da China Meridional, informaram fontes militares americanas nesta quinta-feira (29).

No incidente, que ocorreu em 21 de dezembro, um piloto chinês a bordo de um caça J-11 “executou uma manobra insegura ao interceptar uma aeronave RC-135 da Força Aérea dos Estados Unidos”, apontou o Comando Indo-Pacífico das forças americanas em um comunicado.

O piloto chinês voou à frente e a seis metros do nariz da aeronave americana, “forçando o RC-135 a tomar ações evasivas para evitar uma colisão”, acrescenta o texto. O RC-135 “realizava ações de rotina legalmente no espaço aéreo internacional sobre o Mar da China Meridional”, disse o comando.

O incidente ocorre no momento em que a China envia grupos cada vez maiores de aviões de guerra sobre o mar em direção a Taiwan, em uma demonstração de força. Pequim também endurece as reivindicações de soberania sobre a ilha de governo autônomo, apoiada pelos Estados Unidos.

Na semana passada, a China realizou sobrevoos com 71 aviões de combate durante exercícios militares ao redor de Taiwan, um dos maiores movimentos já lançados por Pequim ao posicionar aeronaves militares na zona de identificação de defesa aérea daquela ilha.

O Exército Popular de Libertação (EPL) da China afirmou no domingo que realizou um “exercício de ataque ” em resposta a “provocações” – que não explicou – e ao “conluio” entre Estados Unidos e Taiwan.

De acordo com o banco de dados da AFP, houve mais de 1.700 desses ataques neste ano, em comparação com 969 em 2021. O Ministério da Defesa de Taiwan informou que cerca de 380 foram registrados em 2020.

Os Estados Unidos forneceram ajuda militar e tecnologias avançadas a Taiwan para a ilha se defender de uma possível invasão chinesa.