Companhias aéreas da China também exigirão recompensa da Boeing por serem obrigadas a suspender o uso do modelo 737 Max em suas operações. Nesta semana, Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines – três das principais empresas do país -, afirmaram que irão cobrar da fabricante norte-americana o reembolso pelo prejuízo acumulado.

As companhias não divulgaram valores, mas com base em relatórios de outras empresas aéreas que também precisaram remanejar suas operações devido aos problemas do 737 Max, deve ser algo na casa dos milhões de dólares. A China Southern tem até 24 jatos 737 Max e a Air China tem 15 aviões em sua frota, disseram porta-vozes das companhias. A China Eastern possui 14 aviões do tipo, segundo a mídia estatal chinesa.

A China foi o primeiro país a proibir o modelo após a queda de um avião da Ethiopian Airlines no início de março, matando todas as 157 pessoas a bordo. Em outubro passado, outro 737 Max da Lion Air, na Indonésia, também caiu e matou 189 pessoas.

Outras companhias já afirmaram que irão procurar a Boeing para ressarcir as perdas. Somente a American Airlines, Southwest Airlines e a europeia Norwegian reportaram um prejuízo somado de US$ 600 milhões desde a crise que levou a parada do uso. As empresas Turkish Air e Ryanair também divulgaram que cobrarão medidas da fabricante.