O que são universidades comunitárias?
Essas universidades formam um conjunto diverso. São aquelas que não são puramente estatais, como as federais, nem são totalmente privadas e em geral operam sem fins lucrativos. Algumas são quase centenárias, como as PUCs, por exemplo, e em São Paulo instituições como Mackenzie e FEI. Essas escolas não podem ter lucro, mas têm superávits. Eles podem ser reinvestidos, mas não distribuídos, caso contrário a escola perde a imunidade tributária.

Por que financiá-las?
Essas universidades fazem um trabalho social, especialmente as ligadas a fundações e associações religiosas. Elas buscam entender o que acontece na sociedade ou nas comunidades em que estão inseridas. O caso padrão é o aluno com dificuldades econômicas que não conseguiu entrar em uma federal, foi acolhido por uma comunitária, mas tem dificuldades para prosseguir com o curso. Muitas delas já possuem programas de financiamento para esses alunos. Nós entramos para ampliar esses processos.

Como vocês estruturam esses financiamentos?
Por meio de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC). O fundo faz uma análise da carteira de empréstimo concedida pela universidade e compra essa carteira. O risco é assumido pela universidade, por meio de uma estrutura de cotas sênior e subordinadas: 20% das primeiras perdas vão para a universidade.

Qual o potencial desse mercado?
O mercado potencial pode chegar a até R$ 2,5 bilhões, com uma originação entre R$ 50 milhões e R$ 300 milhões por ano. Mas estamos iniciando de maneira conservadora e cautelosa. Analisamos várias universidades e estruturamos um fundo de R$ 250 milhões que reúne créditos de quatro instituições. Entre elas a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc/RS), que oferece cursos de direito e de medicina, e a Unifeob, de São João da Boa Vista, em São Paulo, dedicada ao agronegócio.

A quem se destina o fundo?
O fundo é dedicado a investidores institucionais e tem uma maturação prevista entre cinco e dez anos. Algo entre 85% e 90% da carteira é dedicada a créditos educacionais e o restante vai para boletos recorrentes dessas universidades. Não é nosso único produto. Também temos um fundo que buscou antecipar os Fiagro. É um FIDC que empresta dinheiro diretamente para os produtores agrícolas de médio e grandes porte.

VIA INVESTE EM FINTECH PARA NEGOCIAR DÍVIDAS

A Via, controladora da Casas Bahia e Ponto, anunciou um investimento minoritário de valor não divulgado na fintech Uffa, que visa facilitar a negociação de dívidas, solicitação de crédito ou abertura de contas. O investimento foi realizado por meio do programa de aceleração de startups Via Next, cuja meta é investir até R$ 200 milhões nos próximos cinco anos. Já foram realizados aportes nas startups GoPublic, Poupa Certo e Byebnk.

FIAGRO IMOBILIÁRIO DA XP ESTREIA NO PREGÃO

Na quarta-feira (17) começou a negociação das cotas do fundo de desenvolvimento do agronegócio (Fiagro) imobiliário da XP dedicado a imóveis agrícolas. O fundo, que será negociado com o código XPCA11, vai investir nessas propriedades por meio dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Com isso, chegam a 30 esses fundos listados na Bolsa. A expectativa é que a captação atinja R$ 75 bilhões até 2025.

BANCO TOYOTA FAZ CAPTAÇÃO SUSTENTÁVEL

O Banco Toyota do Brasil emitiu R$ 700 milhões em Letras Financeiras (LF) com características sustentáveis. A emissão foi dividida em duas séries, com prazos de dois e de três anos, e a remuneração é de, respectivamente, CDI mais 0,80% e CDI mais 0,90%.Os recursos vão para o financiamento de veículos híbridos das marcas Toyota e Lexus e parte dos ganhos vai financiar o projeto de preservação Águas da Mantiqueira.

EM ALTA
22% 

Foi o crescimento do pagamento de dividendos pelas empresas abertas no terceiro trimestre de 2021 comparado a igual período do ano anterior, totalizando US$ 403,5 bilhões. Segundo a empresa de gestão de recursos Janus Henderson Investor, os dividendos quadruplicaram no período, em especial por um pagamento de cerca de US$ 8 bilhões feito pela Vale. A Petrobras vem em segundo (US$ 2,3 bilhões), seguida pelo Bradesco (US$ 510 milhões) e pela Telefônica Brasil (US$ 480 milhões).

EM BAIXA
0,6% 

Foi a queda registrada no setor de Serviços em setembro na comparação com agosto, interrompendo uma sequência de cinco altas seguidas, de acordo com o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com setembro do ano passado, entretanto, houve avanço de 11,4%, em função da base menor provocada pela pandemia de Covid-19. Por isso, o recuo acabou frustrando as expectativas dos analistas, que esperavam uma alta de pelo menos 0,5% em setembro ante agosto.