O último rinoceronte-branco-do-norte macho do mundo, chamado de Sudan, morreu na semana passada, aos 45 anos. Ele lutava contra uma série de infecções e seus veterinários tiveram de fazer uma eutanásia. Com sua morte, a esperança de preservar a espécie, natural da região central africana, como Uganda, Sudão e Chade, está concentrada na ciência e nas técnicas de fertilização in vitro. Restam, agora, apenas duas fêmeas. O sêmen de Sudan foi preservado, mas há poucas garantias de que o procedimento irá funcionar. O iminente fim do rinoceronte-branco-do-norte, infelizmente, representa uma tendência para o planeta. Um relatório da ONG WWF aponta que, nos próximos 60 anos, metade das espécies das áreas mais naturais do mundo, incluindo a África e a Amazônia, pode desaparecer em decorrência das mudanças climáticas.

(Nota publicada na Edição 1062 da Revista Dinheiro)