Militantes do movimento ecologista Extinction Rebellion protestavam nesta segunda-feira na Austrália e Nova Zelândia para marcar o início de 15 dias de ações de desobediência civil em vários países, com o objetivo de denunciar a “inação criminosa” dos governos diante da mudança climática.

Em Melbourne, os ativistas se reuniram na escadaria do Parlamento do estado de Victoria para uma “vigília de meditação silenciosa”, antes de caminhar pelas ruas da cidade.

Em Wellington, vários ativistas se acorrentaram a um carro cor de rosa, o que provocou problemas no centro da capital da Nova Zelândia.

As ações marcaram o início de duas semanas de mobilizações em 60 cidades de todo o mundo, estimuladas pelo Extinction Rebellion (XR).

O movimento “XR”, criado em 2018 no Reino Unido, discursa contra o que considera o iminente “apocalipse” ambiental.

Diversos eventos serão organizados durante a semana na Austrália, incluindo um funeral para o planeta.

“Tentamos com as petições, o lobby e as manifestações. Agora o tempo é curto”, afirmou a ativista australiana Jane Morton.

O “XR” fez um apelo por manifestações não violentas durante as próximas duas semanas, sobretudo na Europa, América do Norte e Austrália.

Também estão previstas ações na Índia, Buenos Aires e na Cidade do Cabo.

Uma “cerimônia de abertura” reuniu no domingo à noite centenas de pessoas no centro de Londres, onde estão programadas manifestações diante de vários ministérios. Os ativistas pretendem bloquear pontos importantes da cidade, como as pontes de Westminster e Lambeth.

Em Paris, centenas de militantes ecologistas ocuparam no sábado e no domingo, durante 17 horas, um centro comercial.