A Tesla anunciou prejuízo de US$ 702 milhões durante os três primeiros meses deste ano, um tombo muito mais do que o esperado pelos analistas de Wall Street. Em comunicado aos investidores, a montadora de carros elétricos também afirmou que a sua receita despencou 37% em comparação com o mesmo período do ano passado, fechando em US$ 4,54 bilhões.

As ações da companhia desvalorizaram aproximadamente 1% durante o pré-mercado desta quinta-feira (25). Os papéis da companhia encerraram o pregão de quarta com desvalorização de 1,99%, cotados a US$ 258,66.

A queda deste trimestre encerra um ciclo de ganhos para a empresa de Elon Musk. No último trimestre, a companhia teve lucro de US$ 139 milhões e somou US$ 7,2 bilhões em vendas. Para os analistas, a queda está associada a uma junção de fatores, como fim de benefícios fiscais dos Estados Unidos e a crescente concorrência no mercado de carros elétricos. Se antes a Tesla reinava sozinha, agora a empresa precisa dividir o espaço com gigantes do setor, além de lidar com o surgimento de novas concorrentes, como a Rivian.

Esta é a segunda notícia negativa para os acionista da Tesla em abril. No início do mês, a companhia revelou que entregou cerca de 63 mil veículos entre janeiro e março, número abaixo do projetado e 31% menor do que o mesmo período de 2018. A situação foi encarada como um prenúncio da queda que foi confirmada nesta semana.

Apesar dos resultados negativos, Musk disse aos acionistas que a empresa tem uma perspectiva otimista para o resto do ano.