As ações da Petrobras dispararam nesta segunda-feira (19) após o discurso de posse do general do Exército Joaquim Silva e Luna, que assumiu a presidência da companhia no lugar de Roberto Castello Branco, que deixou a empresa no último dia 12.

Por volta das 16h, as ações preferenciais (as mais negociadas) avançam 7,58%, cotadas a R$ 24,69 e as ordinárias (com direito a voto) subiam 6,84%, R$ 24,10.

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Indicado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, o militar entra na empresa com o desafio de conduzir a política de preços dos combustíveis, motivo do desentendimento entre o ex-presidente e Bolsonaro. O militar, no entanto, sinalizou que vai seguir a cotação internacional dos preços, assim como fez o seu antecessor e que causou descontentamento ao presidente da República.

“Vamos buscar reduzir a volatilidade (mudanças bruscas dos preços nas refinarias, em curtos prazos), sem desrespeitar a paridade internacional (alinhamento com os preços externos)”, afirmou.

Em um breve discurso, de 10 minutos, o militar deu algumas sinalizações de como será sua gestão. “Quem chega deve chegar ouvindo mais e falando menos”, afirmou na abertura. Em seguida, agradeceu Bolsonaro pela indicação ao cargo, sob a coordenação do ministro Albuquerque. O general disse ingressar na empresa num “ponto de equilíbrio, entre a ousadia e a prudência”.

Acrescentou, em seguida, que o passado é apenas uma referência, sem detalhar se estava falando da história recente de gestão da estatal ou do seu currículo. “O que se quer do novo presidente da Petrobras é o novo que se quer que ele produza em equipe, alinhado com missão da empresa, liderando um time capaz de vencer desafios, nessa complexa conjuntura, e entregar resultados”, disse Silva e Luna, complementando que a credibilidade não é fruto de uma percepção momentânea.