As ações da Lyft caíram nesta terça-feira (2) pelo segundo dia consecutivo após a abertura de capital da empresa, na última sexta-feira (29), quando atingiram máxima de US$ 78,89. Na segunda-feira (1), segundo dia de mercado após o IPO, elas fecharam em queda de 12%, a US$ 69,03. Na terça-feira, às 17h de Brasília, operavam a US$ 69,06.

Segundo analistas, é normal a instabilidade nos primeiros dias, porém o desempenho da Lyft recebe atenção especial por ser a primeira empresa de uma série de outras do segmento de tecnologia que abrirão seus capitais neste ano. A Uber, maior aplicativo de transporte do mundo, está em processo de IPO e estima somar US$ 120 bilhões, um dos mais elevados da história. Também é aguardada a entrada da Airbnb, Slack e WeWork até o fim de 2019.

A Lyft teve um prejuízo de US$ 911 milhões no último ano, o maior registrado de uma startup no ano anterior a sua abertura de capital. Este recorde pode ser quebrado em pouco tempo, já que a Uber anunciou em fevereiro que teve perdas de US$ 1,8 bilhão em 2018.

A empresa vem um crescimento constante e sólido nos Estados Unidos, conquistando 39% do mercado em dezembro passado, contra 22% no fim de 2016. A expectativa agora é como esses novos bilhões arrecadados serão usados para derrubar a liderança da Uber, e como a rival se comportará diante desta ameaça.