As ações da Kodak subiram mais de 1.000% nos últimos dois dias com a notícia que a empresa de câmeras garantiu empréstimo de US$ 765 milhões do governo dos Estados Unidos para a produção de remédios, como a hidroxicloroquina, em resposta à escassez interna em períodos de pandemia.

A capitalização de mercado do grupo aumentou mais de 11 vezes e subiu para US$ 1,4 bilhão até o momento. No início do pregão da Bolsa de Valores de Nova York desta quarta-feira (29) as ações da companhia registravam alta de 332%, um dia após triplicarem de valor.

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Apenas para se ter uma ideia do impacto que a medida gerou na Kodak, as ações de segunda-feira (27) encerraram o dia valendo US$ 2,58. Com o anúncio da parceria com o governo norte-americano, os papéis iniciaram a terça-feira já negociados a US$ 6,60 e encerraram o dia valendo US$ 8.

Até o momento desta publicação, as ações eram negociadas a US$ 31,20, após terem atingido pico de US$ 54,79 às 11h39.

No anúncio que formalizou o apoio à criação da Kodak Pharmaceuticals ontem (28), o presidente Donald Trump disse que esse é um dos acordos “mais importantes da história da indústria farmacêutica dos EUA”, segundo o Business Insider.

A aposta do governo é que a empresa produza, entre outros itens, compostos como a hidroxicloroquina e dê folego para a produção de insumos internos, retirando a total dependência da importação desses remédios em períodos de pandemia.

Com o apoio governamental, a expectativa é que a parte farmacêutica da empresa deva gerar de 30% a 40% de receita nos próximos dois anos.

Em 1997, quando ostentava a posição de maior fabricante de filmes e máquinas fotográficas, a companhia possuía um valor de mercado de quase US$ 30 bilhões, mas viu seu o império ruir em 2012, quando entrou em recuperação judicial.