André Street e Eduardo Pontes, fundadores da credenciadora de cartões brasileira Stone, venderam, em conjunto com outros acionistas, um bloco de participação na empresa.

Com a oferta, coordenada pelo Morgan Stanley, foram alienados mais de 5% de participação, pelo valor de US$ 384 milhões, mas sem alterar o bloco de controle. Em sua abertura de capital, na Nasdaq, em 2018, a Stone havia vendido 7,9 milhões de papéis e mantido 91,5 milhões com as holdings controladores. Na época, as ações saíram ao preço de US$ 24.

Desta vez, foram vendidas 13 milhões de ações, por US$ 29,50, o que indica que foi aproveitada uma oportunidade de bons preços depois do anúncio de resultados do primeiro trimestre da companhia. A Stone informou aumento de 73,9% no número de clientes em um ano, apesar de queda de 12,9% no lucro ajustado, para R$ 162,3 milhões, devido aos impactos da pandemia de Covid-19.

AÇÕES
Só nove empresas do Ibovespa valem mais em 2020

Exportadores e empresas de varejo com forte operação digital apresentam recuperação mais rápida frente ao impacto da crise da Covid-19. Apenas nove representantes do índice Ibovespa já estavam mais valorizadas ao fim de maio do que em relação ao fechamento de 2019, segundo levantamento da Economatica.

A B2W Digital lidera este ranking, com valorização de 46%. Ela é seguida por Magazine Luiza (35%), Marfrig (31%), Weg (21%), Via Varejo (11%), Lojas Americanas (9%), B3 (9%), Klabin (7%) e Minerva (4%). No mesmo período, o Ibovespa caiu cerca de 25%, mesmo depois do último mês ter sido o melhor maio desde 2009 e o segundo melhor desde 1997, com alta de 8,57%.

INVESTIMENTOS
Primeiro aporte de fundo da XP

O FIP XP Private anunciou o investimento de R$ 200 milhões no CBV (Centro Brasileiro de Visão), um hospital oftalmológico de Brasília. Trata-se da primeira aquisição feita pelo fundo de private equity da XP Asset, que, apenas três meses após captar R$ 1,3 bilhão, já possui 5 mil investidores individuais.

O objetivo com o negócio é consolidar o mercado de clínicas. Segundo a XP, há mais de 5 mil dessas organizações especializadas em oftalmologia espalhadas pelo País.

REGULAÇÃO
CMN estende prazo para manter medidas de prudência

O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou que estenderá até o fim do ano uma série de requisitos para que as instituições financeiras preservem os seus colchões de recursos. A resolução 4.797, de 6 de abril de 2020, veda aos bancos pagamento de dividendos acima do mínimo obrigatório, a ampliação de remuneração da alta direção executiva, a recompra de ações e a redução do capital social. Segundo nota do Banco Central, o objetivo é garantir maior conservadorismo na preservação de recursos, durante o momento de maior impacto da crise do coronavírus.

CARTÕES
Mastercard estimula venda por débito on-line

A Mastercard informou que pesquisa interna estimou que os comerciantes podem ter um aumento médio de 18% no volume de transações ao aceitar o pagamento por débito online. Para alguns pequenos estabelecimentos, a expansão pode chegar a 30% de vendas. Segundo a empresa de cartões, há no País 38 milhões de pessoas donas apenas de cartões de débitos. Outros 20 milhões de consumidores possuem cartões múltiplos, mas sem ativar a função de crédito. Dessa forma, o comerciante abriria suas plataformas digitais a uma base maior, de 58 milhões de potenciais clientes.

POLÍTICA MONETÁRIA
Juros negativos na Europa

O Banco da Inglaterra indicou que considera levar os juros do país ao terreno negativo. Anteriormente contrários a essa medida polêmica, autoridades da instituição indicaram que está mudando de posição. Andrew Bailey, presidente do Banco da Inglaterra, afirmou que a ferramenta está sendo analisada, como forma de garantir a recuperação da economia, à medida que o Reino Unido começa a deixar o confinamento. Os juros do país estão em 0,1%. Outro banco central que indica a entrada no campo negativo é o da Nova Zelândia.