O empresário e acionista do grupo Cosan, Celso Silveira de Mello Filho, de 73 anos, morreu na terça-feira (14) em um acidente aéreo. Ele deixava a cidade de Piracicaba (SP) rumo ao Pará em um avião King Air 200 com sua esposa e os três filhos quando a aeronave caiu. Não houve sobreviventes. Celso era irmão de Rubens Ometto Silveira de Mello, presidente do Conselho de Administração da companhia. Ele não tinha atuação executiva no grupo, que atua no agronegócio, nos combustíveis e no gás natural, com empresas como Raizen, Comgás, Rumo e a rede de postos Shell. Além de acionista da Cosan, o empresário também presidia outras empresas agropecuárias e participava de conselhos de administração. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas. Apesar do desastre, as ações da Cosan subiram 3,9% na terça-feira.

VAREJO
Via capta R$ 1 bilhão com debêntures

O Conselho de Administração da Via (antiga Via Varejo) aprovou uma captação de R$ 1 bilhão por meio da emissão de debêntures. Os títulos terão prazos de três, cinco e sete anos e serão corrigidos pelos juros de mercado medidos pelo CDI acrescidos de prêmios de, respectivamente, 1,5/1,7/1,9 ponto porcentual, dependendo do prazo. Os recursos vão alongar o perfil de dívida da Via e reforçar o caixa. Trata-se da sétima emissão de debêntures da companhia. As debêntures serão simples, ou seja, não conversíveis em ações. E serão objeto de distribuição pública.

QUEM VEM LÁ
Totvs fará follow-on de R$ 2,5 bilhões

A Totvs anunciou na segunda-feira (13) que realizará uma oferta pública subsequente (follow-on) e 100% primária, com a emissão de 39,27 milhões de ações. A oferta será realizada com esforços restritos, e dirigida a investidores no Brasil e no exterior. Considerando-se o fechamento das cotações na terça-feira (14), o valor poderá chegar a R$ 1,51 bilhão. Porém, segundo a companhia, se houver demanda a oferta poderá ser ampliada em 65%, com a emissão suplementar de até 25,5 milhões de ações. No total, o lançamento das 64,7 milhões de ações pode movimentar R$ 2,5 bilhões. O coordenador líder da oferta será o BTG Pactual.

AES Brasil estuda oferta pública

A AES Brasil Energia, geradora de energia elétrica renovável, anunciou na segunda-feira (13) que está estudando a realização de uma oferta pública subsequente (follow-on) com esforços restritos, para a qual ainda precisa obter aprovações de seus acionistas. A companhia informou que já está em contato com bancos para analisar a viabilidade da oferta. Não foi divulgado qual o valor que a empresa pretende captar, mas os recursos da possível oferta serão utilizados para acelerar o plano de crescimento da companhia, que atualmente possui capacidade instalada total de 4,4 GW, divididos entre geradoras hidrelétricas, eólicas e solares.

DESTAQUE DO PREGÃO
Bradespar reduz capital na Vale

CANAÃ DOS CARAJÁS

A Bradespar, empresa de participações do Bradesco e uma das antigas controladoras da Vale, se destacou no pregão da quarta-feira (15), valorizando-se 5,2%. Na véspera ela anunciou uma complexa operação societária em que vai reduzir seu capital social de R$ 5,76 bilhões para R$ 500,1 milhões. A redução de R$ 5,26 bilhões será realizada com a entrega de cerca de 123,4 milhões de ações da Vale. A companhia estima que seus acionistas vão receber 0,314 ação da Vale por papel que possuem. A decisão reduzirá a participação da Bradespar na mineradora de 5,5% para cerca de 3,23%. A empresa fazia parte do grupo de controle da mineradora até 2019, quando a Vale tornou-se uma companhia de controle difuso. Segundo especialistas, a reforma tributária em tramitação pode reduzir vantagens fiscais das holdings, o que justifica a redução do capital da Bradespar e a distribuição dos proventos enquanto são isentos de imposto.

CIMENTOS
CSN compra Holcim

Gabriel Reis

A CSN anunciou, na sexta-feira (10), a aquisição dos ativos da empresa de cimentos Holcim por US$ 1,025 bilhão. A aquisição tornou a CSN Cimentos a terceira maior do Brasil, com uma produção de 16,3 milhões de toneladas por ano, ante 34,8 milhões toneladas da Votorantim e 15,9 milhões de toneladas da InterCement. O mercado recebeu bem o negócio, que trará ganhos relevantes com sinergias e deve facilitar a abertura de capital da CSN Cimentos, ainda em análise pelo grupo comandado por Benjamin Steinbruch. Em junho, a companhia já havia adquirido a Elizabeth Cimentos e Elizabeth Mineração, que atua no Nordeste, em negócio próximo de R$ 1 bilhão. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ainda deve avaliar o negócio.