A empresa mineradora australiana BHP anunciou nesta segunda-feira (23) que se oporá a uma ação judicial coletiva apresentada na Austrália, que a acusa de ter descumprido suas obrigações de informação, assim como de fraude, na letal catástrofe ambiental em Mariana, por sua filial Samarco.

Dezenove pessoas morreram por causa do tsunami de dejetos tóxicos causado pela ruptura da represa de uma mina em Minas Gerais, em 2015.

A BHP e a Vale, coproprietárias da Samarco, chegaram no mês passado a um acordo com as autoridades brasileiras para resolver uma ação civil de 20 bilhões de reais pela tragédia.

A ação coletiva australiana alega que houve problemas com a represa nos anos anteriores a 2015 e que a BHP deveria ter levado os riscos em conta e informado os investidores.

O desastre provocou uma forte queda nas ações da BHP, motivo pelo qual cerca de 3.000 investidores se associaram para apresentar uma ação coletiva na Justiça.