O jogador Robinho foi condenado nesta quarta-feira (19) em última instância pela Corte de Cassação da Itália por violência sexual de grupo contra uma mulher albanesa de 22 anos. O atleta e seu amigo, Ricardo Falco, foram condenados a nove anos de prisão pelo crime cometido na boate Sio Cafe, em Milão, em janeiro de 2013.

Segundo o jornal inglês The Mirror, Robinho também terá que pagar uma indenização no valor de 60 mil euros (R$ 273 mil). A sentença é final e não cabem mais recursos.

A justiça italiana, porém, não pode pedir a extradição do ex-jogador do Santos, Real Madri, Milan e outros, uma vez que a lei brasileira impede a extradição de brasileiros natos. Resta ao país europeu solicitar o cumprimento da pena no Brasil, o que poderia culminar em uma nova batalha jurídica.

Além dos dois condenados, outros quatro brasileiros foram denunciados pelo estupro, mas deixaram a Itália durante as investigações e não foram processados. O caso, contudo, pode ser reaberto.

Em entrevista ao UOL em outubro de 2020, Robinho alegou inocência em relação ao abuso, mas admitiu a prática sexual. Em outubro de 2020, o Globo Esporte publicou mensagens interceptados pela polícia nos quais o atleta desdenhavam da situação e da vítima: “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”, escreveu Robinho.

Aos 37 anos, o atacante não joga desde 2020, quando tentou um retorno ao Santos, cancelado com a pressão da torcida e patrocinadores devido ao processo.