São Paulo, 03 – As exportações totais de carne bovina (in natura e processada) podem bater o recorde de faturamento registrado em 2014 e ultrapassar US$ 7,2 bilhões neste ano, estima a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Somente em novembro, a receita alcançou US$ 845 milhões (+37% ante nov/18) e, caso este número seja replicado em dezembro, o recorde será atingido. Em volume, a expectativa é que as vendas externas fiquem levemente abaixo de 2 milhões de toneladas, caso o desempenho deste mês se aproxime das 180.251 (+14 ante nov/18) toneladas embarcadas em novembro – o que também configuraria um recorde para 2019.

No acumulado de janeiro a novembro, o País enviou para o exterior 1,682 milhão de toneladas e a receita chegou a US$ 6,73 bilhões, avanços de 13% em volume e em faturamento no comparativo anual, destaca a Abrafrigo com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. O avanço nos resultados se deve à elevação de preço médio no mercado chinês. O valor médio da tonelada alcançou US$ 4.857,60, ante US$ 4.473,50 em outubro (+8,58%) e US$ 3.993,80 em igual período do ano passado (+21,6%).

A China absorveu 42,2% de toda a movimentação de carne bovina brasileira até novembro. Por Hong Kong entraram 316.668 toneladas do produto, enquanto que pelo continente ingressaram 410.770 toneladas alcançando 727.430 toneladas, com receitas de US$ 3,18 bilhões no acumulado do ano. O Egito foi o segundo maior cliente com 159.064 toneladas, seguido pelo Chile com 101.708 toneladas enquanto os Emirados Árabes ficaram na quarta posição com 68.473 toneladas. Em quinto lugar ficou a Rússia com 65.756 toneladas.

Ainda segundo a Abrafrigo, de janeiro a novembro 90 países elevaram suas importações enquanto outros 82 reduziram. Para 2020, a entidade prevê um crescimento nas exportações em torno de +10% devido às dificuldades de oferta no mercado chinês causada pela peste suína africana (PSA) e pela entrada de novos clientes, como a Indonésia e países do sudeste asiático, além da esperada habilitação de empresas brasileiras para o mercado norte-americano.