Os chamados lojistas satélites de shoppings, empresários de menor porte em relação às grandes lojas de departamento chamadas de “âncoras”, não acham um bom negócio a retomada do horário de funcionamento dos estabelecimentos. Hoje, a grande maioria destes centros de compras funciona cerca de oito horas diárias, das 12h às 20h. O plano é ampliar o horário para operar das 10h às 22h.

“Isso aumentaria muito os nossos custos e a receita não subiria proporcionalmente. Ainda estamos em 60% a 70% do faturamento pré-pandemia”, diz Tito Bessa Junior, presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (ABLOS) e fundador da rede de lojas TNG.

O aumento do horário de funcionamento faz mais sentido para o setor de alimentação, que encontra nos horários de 10h às 12h e de 20h às 22h mais fluxo. “Para o varejo de moda, esses horários são de pouco fluxo. Precisaríamos estar com 80% a 90% do movimento para valer a pena o investimento”, afirma Bessa Jr.