A demanda nacional por produtos químicos de uso industrial, medida pelo consumo aparente nacional (CAN), recuou 7,9% no primeiro semestre em relação a um ano antes, de acordo com dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

Em nota, a associação atribui o desempenho mais fraco ao arrefecimento da atividade econômica, principalmente a partir de março, e os efeitos da paralisação dos caminhoneiros sobre a atividade do setor e da economia como um todo. Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, os índices do segundo trimestre ficaram muito aquém do que se previa inicialmente. Segundo levantamento, no período de abril a junho todos os componentes que integram o cálculo do CAN reportaram queda, em volume, com retração de 4,74% no índice de produção, de 19,3% nas importações e de 23,2% nas exportações.

Entre janeiro e junho, o índice de preços subiu 18,56%, refletindo flutuações do mercado internacional. A alta de preços dos produtos químicos no mercado internacional foi liderada pelo petróleo (+37,3% de janeiro a junho, considerando o barril de óleo tipo Brent) e pela nafta petroquímica (+25,6%).

De acordo com a diretora, refletindo os problemas recentes na produção e queda da importação, além do menor ritmo da atividade econômica, o CAN passou a indicar recuo de 2,2% nos últimos 12 meses, contra 6% de crescimento durante todo o ano passado.