O quadro de trabalhadores na indústria elétrica e eletrônica aumentou em 6,4 mil novos postos em agosto, subindo para 239,1 mil trabalhadores, segundo divulgou nesta quinta-feira, 1º, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). As contas da entidade são feitos com do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o que significa que são contratações com carteiras assinadas.

Com as contratações feitas em agosto, o total de funcionários no setor se aproximou do que era anotado em março, antes do início das demissões em decorrência da paralisação da economia, provocada pelo distanciamento social em decorrência da pandemia do coronavírus. Naquele mês a indústria elétrica e eletrônica empregava 239,3 mil pessoas.

De acordo com a Abinee, esse foi o terceiro incremento consecutivo no quadro de empregados após três quedas seguidas.

Destaca-se que os incrementos observados nos três últimos meses, que totalizaram 12,3 mil empregados, compensaram quase toda queda verificada entre os meses de março e maio, que atingiram 13,9 mil trabalhadores.

“Assim como vêm mostrando os demais indicadores do setor, o nível de emprego também sugere que o pior já passou, sendo abril o mês mais afetado pelos impactos da pandemia de Covid-19”, avaliou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.

Dessa forma, diz ele, nota-se também que o total de trabalhadores do setor eletroeletrônico em agosto de 2020 superou o verificado em agosto de 2019, que era de 237,5 mil, e ao do final do ano passado, de 234,5 mil.

“Porém, é necessário que emprego continue crescendo nos próximos meses para que se consolide a retomada da atividade”, ressaltou Barbato.

Ainda referente aos dados do Novo Caged, destacou-se a elevação no número de admissões, que passou de 9,5 mil em julho para 11,4 mil em agosto. No caso dos desligamentos, o total verificado no mês de agosto, 5 mil trabalhadores, ficou próximo ao observado em julho, quando foram desligados 4,8 mil empregados.