Rio, 12/09 – O Brasil registrou abate de 1,38 bilhão de cabeças de frangos no segundo trimestre de 2018, uma retração de 6,9% em relação ao primeiro trimestre do ano e uma queda de 4% ante o segundo trimestre de 2017. Os dados fazem parte da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, divulgada na manhã desta quarta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, “a pesquisa registrou o pior resultado para meses de maio desde o 2º trimestre de 2009, o que pode ser explicado pela greve dos caminhoneiros que impediu uma normal circulação de produtos e insumos pelo país, prejudicando toda cadeia produtiva até a destinação do produto final”.

Na passagem dos segundos trimestre de 2017 com 2018, houve reduções no abate em 14 das 24 unidades da federação que participaram da pesquisa. O IBGE destacou as quedas em Santa Catarina (-27,54 milhões de cabeças), Paraná (-23,74 milhões de cabeças), Goiás (-4,39 milhões de cabeças), Mato Grosso (-3,18 milhões de cabeças), Minas Gerais (-1,96 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-1,96 milhões de cabeças) e Distrito Federal (-658,26 mil cabeças).

Na contramão, subiu o abate no Rio Grande do Sul (+4,39 milhões de cabeças), Bahia (+3,43 milhões de cabeças), Pará (+3,27 milhões de cabeças), Pernambuco (+927,86 mil cabeças) e São Paulo (+21,56 mil cabeças).

Conforme o IBGE, o Paraná continua liderando o abate de frangos, com 30,8% da participação nacional, seguido por Rio Grande Sul (15,3%) e Santa Catarina (13,4%).

Suínos

No abate de suínos, o País registrou 10,82 milhões de cabeças no segundo trimestre de 2018, alta de 1% em relação ao primeiro trimestre do ano e avanço de 1,9% ante o segundo trimestre de 2017.

De acordo com o IBGE, trata-se do melhor resultado para segundos trimestres desde o início da pesquisa, em 1997. “Isso foi possível graças ao volume de carne abatida em junho – recorde para este mês – recuperando a atividade de maio que teve seu pior desempenho desde 2013. Neste mês houve forte influência da greve dos caminhoneiros sob o ritmo de produção de abate”, diz nota divulgada pelo instituto.

Houve aumentos no abate em 14 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. O IBGE destacou as altas em Mato Grosso do Sul (+101,13 mil cabeças), Santa Catarina (+42,66 mil cabeças), Mato Grosso (+42,18 mil cabeças), São Paulo (+35,58 mil cabeças), Minas Gerais (+18,01 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+17,04 mil cabeças) e Goiás (+4,38 mil cabeças). Apenas no Paraná houve redução, com abate de 40,75 mil cabeças a menos.

Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 26,4% da participação nacional, seguido por Paraná (20,7%) e Rio Grande do Sul (18,3%), informou o IBGE.