Em meio à segunda onda do coronavírus na Europa e os crescentes casos no Brasil e nos EUA, o mundo inteiro se voltou para o Reino Unido, nesta terça-feira (8), onde as primeiras vacinas começaram a serem aplicadas em massa. A vacina que abriu a imunização foi das farmacêuticas Pfizer e BioNTech.

Documentos publicados nesta terça-feira pela agência americana Food and Drug Administration (FDA), afirmam que essa vacina oferece forte proteção contra Covid-19 em cerca de 10 dias após a primeira dose. A vacina deve ser ministrada em duas doses, a 2ª será aplicada após três semanas, e imunidade completa é considerada após o 28º dia.

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No mês passado, a Pfizer e a BioNTech anunciaram que sua vacina de duas doses teve uma taxa de eficácia de 95 por cento após duas doses administradas com três semanas de intervalo. As novas análises mostram que a proteção começa a funcionar muito antes.

Além do mais, a vacina funcionou bem independentemente da raça, peso ou idade do voluntário. Embora o ensaio não tenha encontrado nenhum evento adverso sério causado pela vacina, muitos participantes tiveram dores, febres e outros efeitos colaterais.

Apesar da proteção precoce proporcionada pela primeira dose, não está claro por quanto tempo essa proteção duraria por si só, ressaltando a importância da segunda dose. Estudos anteriores descobriram que a segunda dose da vacina Pfizer-BioNTech dá ao sistema imunológico um grande impulso de longo prazo, um efeito visto em muitas outras vacinas.

A Pfizer e a BioNTech começaram um ensaio clínico em grande escala em julho, recrutando 44.000 pessoas nos Estados Unidos, Brasil e Argentina. Metade dos voluntários recebeu a vacina e a outra metade, o placebo.

Mas a Pfizer e a BioNTech descobriram que as pessoas com mais de 65 anos obtinham tanta proteção com a vacina contra o coronavírus quanto as pessoas mais jovens.