Pode chamar de uma gigante collab do esporte. O Arena Hub é uma plataforma para alavancar negócios relacionados ao universo esportivo por meio de startups que atuam neste segmento. Em pouco mais de um ano de atuação – completados em agosto – a marca já reúne uma centena de startups associadas, além de dezenas de entidades (que vão de federações esportivas a clubes de futebol) e parceiros nacionais e internacionais (como AWS e o Sebrae). A proposta é incentivar e apoiar o desenvolvimento de iniciativas, acelerar projetos, tecnologia e ideias que utilizem o esporte para promover a transformação digital, econômica e social. “O Brasil é o quinto país em investimentos em startups do esporte”, afirmou à DINHEIRO Fernando Patara, cofundador e head de Inovação e Relacionamento com Investidores do Arena Hub.

Os participantes do Hub são inseridos em um ecossistema de inovação que possibilita a troca de experiências, desafios, hack days, incentivo a novos negócios gerados entre os participantes, além de programas de aceleração, como o Podium Labs, lançado em março. No caso, o centro de inovação atua em várias áreas da startup: validação de negócio, mercado, produto, serviço, valuation e captação de investimento. “A proposta é ajustar a startup da melhor forma para entregar às entidades esportivas.”

Patara lembra que, no ano passado, o Arena Hub desenvolveu com o Sebrae o projeto Like a Player, para mapear o ecossistema de startups do esporte no País e percebeu que apesar de toda criatividade e empenho, ainda era preciso entender melhor as necessidades do mercado esportivo. O conhecimento gerado com esse tipo de ação encurta as curvas de aprendizagem dos associados. O próximo passo será o Like a Woman, em parceria com a consultoria EY, com o desafio de buscar empreendedoras. Segundo ele, menos de 5% das startups foram fundadas por mulheres e 80% dos gestores no esporte são homens. “Está na hora de buscar um equilíbrio nessa balança.”

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Além de destacar o crescimento contínuo do trabalho desenvolvido pelas startups mundo afora, o administrador vê difundir no mercado brasileiro a cultura de investimento nessas jovens empresas. Patara diz que o aporte neste ano deve ser 50% superior ao realizado no exercício 2020. “No segmento esportivo o nível de adoção de tecnologia é baixo, menor que 10% na modalidade que é mainstream, o futebol. Há um oceano azul de coisas a serem feitas e as startups estão acompanhando esse desenvolvimento de mercado.”

O trabalho realizado pelo Arena Hub chamou a atenção de entidades de relevância nacional, casos do Comitê Olímpico Brasileiro, da Federação Paulista de Futebol, da Confederação Brasileira de Vôlei e da Stock Car. “Não se transforma o esporte através de uma marca. É necessário transformar a estrutura do segmento. E quem representa essa marca no mercado? São as federações, confederações e associações. Todos precisam passar por esse processo de transformação digital. Engajar a base deles”, disse.

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“Não se transforma o esporte através de uma marca. É necessário mudar a estrutura do segmento” Fernando Patara, Head de inovação do Arena Hub.

As startups se associam escolhendo uma de três alternativas de planos, de R$ 39,90 a R$ 999,90. Além deles, a Ambev é mantenedora do projeto, que não tem fins lucrativos. “Isso mantém o nosso ecossistema vivo. São apenas nove pessoas envolvidas na operação. E temos conselheiros renomados que nos dão todo o suporte para o desenvolvimento do projeto.” Os projetos do centro já cruzaram as fronteiras com missões de inovações para outros mercados “mais maduros”. Atualmente, o Arena Hub desenvolve um programa de internacionalização com Portugal no qual recebe cinco startups do país que queiram nacionalizar suas soluções e entregar para o mercado brasileiro. Como troca recebem cinco startups brasileiras como porta de entrada para a Europa. “É o Arena Hub sendo um agente proponente em tudo isso.” Os fãs do esporte agradecem.