A estratégia da divisão de celulares da Samsung: gasto por vingança. Hoje a primeira fábrica em marketshare do produto no mundo, a sul-coreana fez suas contas e percebeu um belo cenário para si em 2022.

Em um comunicado a seletos fornecedores sobre seus planos de exportação para o ano que vem, a Samsung declarou que espera abocanhar mais dois pontos percentuais do mercado global, subindo sua fatia para 21,9%. Mas isso não é só. Ela acredita que seus consumidores puxaram o freio na hora de trocar de celulares em 2020 e 2021, por conta da pandemia, e que haverá um fluxo de pessoas querendo “retaliar”, como se dissessem: “Ah, é? Bom, agora então vou comprar o modelo mais novo que eu puder!”.

E provavelmente será o seu novo Galaxy S21 Fan Edition, que será lançado em janeiro na famosa feira CES 2022, em Las Vegas. Isso fará – pelo menos na bola de cristal da empresa – com que 1,52 bilhão de aparelhinhos sejam vendidos, aumentando em 7,6% seus números de 2021 para 2022.

Outro fato importante é o buraco negro que se abriu no mercado com a retaliação dos EUA em relação à chinesa Huawei ao longo de 2021. A a líder em tecnologia 5G foi banida do país por ser considerada um risco à segurança nacional. Isso fez com que outras chinesas pegassem 43,8% do mercado e, em menor grau, também a Apple, que detém 17,2% das vendas em 2021.

Fabio X

(Nota publicada na edição 1252 da Revista Dinheiro)