Não seria exagero afirmar que a rede varejista Pernambucanas passará, nos próximos dez anos, por uma transformação comparável com a evolução dos últimos cem anos da companhia. A empresa, com 111 anos de idade, faturamento de R$ 4 bilhões e 350 lojas no País, mergulhou em um processo de digitalização ao lançar a fintech Pefisa. O objetivo é ser um banco digital, não apenas uma cadeia de lojas com produtos de moda, cama, mesa e banho. Além de conta digital, há opções de serviços como cartão de crédito, pagamento de contas, transferências, saques e depósitos. “Com 60 milhões de brasileiros desbancarizados, existe um imenso horizonte de oportunidades”, afirma o CEO das Pernambucanas Sérgio Borriello. Esse contingente representa quase metade da população economicamente ativa, estimada em 110 milhões de pessoas. Pelos cálculos do IBGE, essa fatia da população movimenta R$ 665 bilhões ao ano, mais do que o PIB de muitos países. “Queremos trazer o fluxo de clientes de bancos e lotéricas para dentro de nossas lojas. É o que chamo de estratégia de ‘complementarização’ de oferta.”

(Nota publicada na Edição 1139 da Revista Dinheiro)