Quem compra uma mera fechadura não imagina estar contribuindo para uma das indústrias que mais cresce no Brasil, a de aparelhos de segurança. A expansão habitacional e o aumento da violência têm feito com que os negócios cresçam o dobro da expansão do PIB. O fenômeno não é apenas brasileiro, e até o mês passado três conglomerados, a sueca Assa Abloy, a inglesa Yale e a norte-americana Ingersoll Rand disputavam a liderança de um mercado de US$ 20 bilhões. A briga acabou no último dia 1º, quando a Assa comprou a Yale por US$ 700 milhões e passou a ser a primeira do mundo. No Brasil, os suecos passam a ser donos da Yale La Fonte, e pretendem encarar de frente a concorrência com a Papaiz, Pado e Fechaduras Brasil. A La Fonte pertencia até 1996 ao empresário Carlos Jereissati, dono da La Fonte Participações, sócia de shopping centers e da Telemar. Os ingleses da Yale compraram a fábrica, mas mantiveram a antiga marca para a maioria dos produtos. Os suecos manterão a política. ?Mas prevejo uma enxurrada de novos modelos na empresa, como fechaduras mecânicas?, prevê o presidente da empresa no Brasil, Ricardo Bargieri.