02/12/2019 - 8:01
A aprovação de pesticidas, alguns deles proibidos em outras partes do mundo, tornou-se uma ação rotineira para o Ministério da Agricultura. Na quarta-feira 27, o governo liberou mais 55 genéricos, variações de produtos que já existem no mercado; e dois tipos de agrotóxicos que ainda não eram permitidos no País – um deles é voltado a combater o percevejo marrom na soja e o outro é um fungicida formulado à base de óleo de casca de laranja. O ritmo de liberação de pesticidas este ano já é o segundo mais alto da série histórica, iniciada em 2005. São 439 novos produtos liberados em 2019. Ao que tudo indica, não deve demorar muito para que o desempenho supere o de 2018, quando o governo autorizou o registro de 449 pesticidas. Até novembro do ano passado, 374 agrotóxicos haviam sido registrados. Segundo as autoridades, a maior velocidade na liberação de agrotóxicos vista nos últimos anos se deve a medidas de desburocratização que foram adotadas desde 2015 na fila de registros. Além disso, o glifosato, herbicida mais vendido no mundo e que está sendo investigado por uma possível relação com câncer, deixou de ser considerado um produto “extremamente tóxico” pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).