A operação brasileira da rede Starbucks dá sinais contraditórios sobre seus planos no País. Durante a pandemia, com grande parte das lojas fechadas, a companhia demitiu cerca de 1 mil funcionários, sob o argumento de “força maior”, e quitando apenas 20% das rescisões, parceladas em seis vezes, conforme a lei agora permite. Até aí, compreensível. O que causa estranheza é que, apesar dos cortes, a empresa inaugurou mais lojas e concluiu um novo escritório na região da Avenida Paulista, em São Paulo, com investimentos de quase R$ 10 milhões. Procurada, a empresa não retornou à reportagem.

(Nota publicada na edição 1179 da Revista Dinheiro)

Nota enviada pela Starbucks após publicação da coluna:

“Frente aos impactos da COVID-19 no país, a Starbucks Brasil precisou ajustar sua operação e modelo de negócio às condições dinâmicas do mercado. Todas as decisões envolvendo os partners (colaboradores) são tomadas após uma cuidadosa análise e sempre em conformidade com às leis vigentes e acordos sindicais. Todos os partners impactados terão seus benefícios estendidos, como assistência médica por um período adicional de três meses, assim como para seus dependentes (que faziam parte do seu plano atual). Embora sejam decisões extremamente difíceis, todos os ajustes operacionais foram necessários para preparamos a companhia para a reabertura gradual das lojas e para o crescimento contínuo da operação no Brasil”.