Chegar ao lugar mais alto do pódio já não é tarefa das mais fáceis. Pelo segundo ano consecutivo, então, nem se diga. Mas esse foi o feito alcançado pela Rumo. A maior operadora de ferrovias do Brasil conquistou o bicampeonato no anuário AS MELHORES DA DINHEIRO 2022 na categoria Logística. “O ano de 2021 foi histórico e especial para a Rumo. No consolidado dos 12 meses, alcançamos o maior volume da nossa história e ultrapassamos a barreira das 60 milhões de toneladas”, afirmou o CEO, João Alberto Abreu, sem esconder o entusiasmo. “Isso levando em conta os fluxos de exportação, importação e mercado interno. O resultado mostrou que estamos colhendo os frutos dos investimentos recorrentes em aumento de capacidade, tecnologia, inovação e segurança.”

Entre os projetos implantados pela companhia no ano passado, estão o início das operações nos tramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul, a autorização para construção da Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso, e a circulação dos trens de 120 vagões entre o Mato Grosso e o porto de Santos (SP), em substituição ao padrão anterior, com 80 vagões. “Já na Malha Central inauguramos quatro terminais desde o ano passado, um para grãos [soja e milho] e farelo de soja em São Simão [GO]; dois em Rio Verde [GO] para grãos e fertilizantes; e outro focado em açúcar VHP em Iturama [MG]”, disse o executivo, ao destacar que todos atendem, além de parceiros, qualquer cliente.

João Alberto Abreu. Empresa: Rumo. Cargo: CEO. Destaques da gestão: Maior volume transportado na história, pagamento antecipado de outorga ao governo federal, captação de empréstimo atrelado a metas de sustentabilidade. (Crédito:Divulgação)

A Rumo acabou beneficiada pelo pagamento antecipado ao governo federal de R$ 5,1 bilhões em outorgas das malhas Central e Paulista, em 2020. A iniciativa permitiu à empresa liberar R$ 650 milhões por ano no caixa, que são investidos no que é prioritário, casos do aumento da capacidade da Malha Paulista, a conclusão da Malha Central, que deve ocorrer até maio de 2023, e o início da construção da Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso, cujas obras começam neste semestre. “A nova ferrovia irá formar um dos corredores logísticos mais versáteis do País no atendimento ao porto de Santos, além de abastecer o mercado interno e estimular a instalação de novas indústrias na região.”

Sem deixar o trem parar, a Rumo espera pegar carona em um novo ciclo de investimentos nas ferrovias brasileiras para o transporte de cargas, motivado pelas possibilidades de expansão da malha e pelo desenvolvimento de tecnologias capazes de otimizar a logística das operações. O planejamento da companhia inclui o uso de tecnologias e sistemas de inteligência artificial (com foco em produtividade e ganho de capacidade) e uma série de projetos que têm o porto de Santos como destino, casos do aumento de capacidade da Malha Paulista e de novos terminais e conclusão das obras na Malha Central.

A intenção da empresa é estruturar operação robusta para atender o agronegócio e a indústria com uma logística integrada — os trens percorrem grandes distâncias e os caminhões, os trajetos mais curtos. “Caminhões como parceiros de uma ferrovia altamente eficiente representam maior competitividade para o País e, logo, para o produtor brasileiro no exterior.”

Olhos nas estradas e nas ferrovias, mas sem esquecer o meio ambiente. Como reconhecimento pelo compromisso com a eficiência energética e a redução de emissões na operação ferroviária, a Rumo se tornou, em janeiro, a única empresa de logística na 17ª Carteira do Índice de Sustentabilidade da bolsa brasileira. Já no ano passado a companhia havia garantido o posto de primeira organização do País a fazer uma Sustainability-Linked Debêntures, modalidade que condiciona fatores do empréstimo atrelados a prazo e custo ao cumprimento de metas de sustentabilidade. “Realizamos a captação de R$ 1,5 bilhão, atrelada ao objetivo de reduzir em 15% as emissões de gases de efeito estufa por tonelada de quilômetro útil em nossas operações até 2023.”