Em 2021, houve um aumento de 1,5 milhão de investidores pessoa física na B3, a bolsa de valores brasileira, um aumento de 56% em relação ao ano anterior, segundo a entidade. Hoje, os CPFs já representam 17% do total de recursos investidos em equities (pedaço do valor patrimonial de empresas) ou um total de R$ 501 bilhões.

Mas houve uma queda na média do saldo em custódia (guarda do ativo). Passou de R$ 8.000 no final de 2020 para R$ 4.000 em 2021. Os números mostram o avanço da democratização do mercado de capitais nos últimos anos. Para se ter ideia, em 2016 o valor médio do saldo em custódia era de R$ 14.000.

A média do primeiro investimento de uma pessoa física em dezembro de 2021 foi de R$ 44, o menor valor desde 2014. Do total dos novos entrantes, 45% investiram até R$ 40, o valor de uma refeição em restaurantes self-service em algumas regiões de São Paulo. Ou seja, é possível investir em equities no Brasil, mesmo quem ganha um salário mínimo. 

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Ativos na bolsa de valores

E se engana quem pensa que essas pessoas compram ações uma vez e desaparecem da Bolsa de valores. Em 2021, 1,5 milhão de investidores fizeram ao menos uma operação no segmento de equities por mês. Esses investidores já são responsáveis por 20% de todo o volume negociado na B3. 

Entram nesse volume as negociações do mercado à vista, ou seja, ações, FII (fundo de investimento imobiliário), ETF (fundo de investimento negociado como se fosse uma ação), BDR (certificado de depósito emitido e negociado no Brasil que representa ações de empresas listadas em Bolsas de outros países) e outros produtos de equities.

Os investidores também estão cada vez mais diversificando na Bolsa. Cada vez mais eles alocam seu dinheiro em mais de uma ativo. Até 2020, a base estava concentrada em ações, mas o cenário foi bastante diferente em 2021. Em 2016, 75% dos investimentos de investidores pessoa física eram feitos em ações. Em 2021, esse percentual passou para 35%.

Poucas mulheres

Dos 4,2 milhões de investidores pessoa física na B3, apenas 24% são mulheres. O dado mostra que o perfil de gênero dos investidores em equities mudou muito pouco ao longo dos anos. Isso mostra que ainda há uma grande barreira a ser vencida para atrair mais mulheres para o mercado de capitais.

Por outro lado, se elas ainda são em menor número, são um pouco mais arrojadas quando decidem entrar na Bolsa. O valor médio do primeiro investimento delas é maior do que o dos homens: R$ 62 (mulher) contra R$ 44 (homem).

Independentemente do sexo ou do valor investido, é importante para quem está começando a investir ficar atento e bem-informado sobre o que acontece no cenário econômico do Brasil e do mundo. 

O economista Paulo Gala afirma que é preciso ter clareza e rapidez para montar a sua carteira com base nos cenários, antes que eles se consolidem, e fazer os ajustes necessários para otimizar os ganhos. “Quanto antes você se posicionar, mais dinheiro você pode ganhar.”

“O mercado emite sinais que permitem montar cenários por meio dos melhores indicadores econômicos e, assim, ganhar dinheiro com seus investimentos de forma segura para garantir seu futuro financeiro”, afirma o economista. 

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