A empresa de informações de crédito Boavista captou R$ 2,17 bilhões em sua abertura de capital (Initial Public Offering, IPO) na segunda-feira (28). O preço de venda das ações ficou em R$ 12,20. Exatamente no centro da faixa indicativa, que ia de R$ 10,80 a R$ 13,60. A demanda foi forte, e chegou a 600% da oferta, com boa participação de investidores internacionais. Do total captado, R$ 1 bilhão vão para antecipação do pagamento de dívidas e futuras aquisições da companhia. O que facilitou a venda das ações foi o fato de o negócio da Boavista ser bastante conhecido no exterior. No entanto, outros lançamentos tiveram de ser adiados devido às condições de mercado. Na segunda-feira, a Cosan informou o cancelamento da oferta inicial de sua controlada Compass. Outras três empresas adiaram suas ofertas, Nortis, One Innovation e 2W Energia.

QUEM VEM LÁ
Grupo Mateus chega à Bolsa

A rede de varejo Grupo Mateus fará sua oferta em bolsa. A empresa vai oferecer 397,3 milhões de ações, sendo 339,1 milhões (ou 85,4%) como oferta primária de novas ações e 58,2 milhões de ações já existentes, como oferta secundária. Segundo cálculos da empresa de análise independente Suno Research, se a oferta total sair no piso da faixa de preço, o grupo vai captar R$ 3,56 bilhões. Com atuação em 49 cidades das regiões Norte e Nordeste, o grupo Mateus é o quarto maior varejista de alimentos do País. O prazo de oferta vai até 7 de outubro.

CELULOSE
Sem acordo nos royalties da Klabin

Ainda está longe um acordo entre os controladores e os minoritários da Klabin. Os controladores buscam aval dos demais acionistas para o pagamento de royalties de cerca de R$ 470 milhões por transferir a marca Klabin – hoje pertencente a uma empresa dos controladores – para a própria companhia. No entanto, os minoritários, liderados pela BNDESPar, que tem 7,5% do capital total, e com a participação do megainvestidor Luiz Barsi, acham o valor exagerado.

BANCOS
Santander compra a Toro

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Depois de o Itaú Unibanco investir na XP e de o Nubank adquirir a Easynvest, o Santander Brasil comprou o controle da corretora on-line Toro Investimentos, adquirindo 60% de participação no capital da empresa fundada em Belo Horizonte em 2010 por Gabriel Kallas. A Toro será unificada à plataforma de investimentos Pi, lançada pelo Santander em 2019, manterá a marca e também Kallas como CEO da operação.

DESTAQUE NO PREGÃO
Fim da seca de recursos para o saneamento

Istock

Não foi desta vez que a Sabesp avançou para além das fronteiras paulistas. Apesar de ter participado do leilão de concessão, por 35 anos, das atividades de saneamento dos 13 municípios da região metropolitana de Maceió, em Alagoas, o vencedor da disputa foi a BRK Ambiental, empresa controlada (70%) pelo grupo de origem canadense Brookfield e com os 30% restantes pertencendo ao FI-FGTS. A BRK Ambiental ofereceu R$ 2 bilhões pela concessão, acima do lance da Sabesp, que foi de R$ 1,5 bilhão. Outras companhias abertas como a Equatorial também fizeram seus lances. Apesar da derrota da Sabesp, o resultado indica que deverá haver disputa por outras concessões em estudo para ser leiloadas, como as das regiões de Cariacica (ES) e Petrolina (PE).

ENERGIA
Governo de SP vai privatizar a Emae

A estatal paulista Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) será privatizada. Na terça-feira (29) a empresa informou que o comitê diretor do programa de privatização do estado de São Paulo vai iniciar os estudos para a venda da empresa. Listada em Bolsa, a Emae é uma concessionária de serviço público de geração de energia elétrica na Região Metropolitana de São Paulo, Médio Tietê e Vale do Rio Paraíba.