Atenta à demanda dos investidores por produtos mais baratos em tempos de juros baixos, a Bradesco Asset Management (Bram) lançou na quarta-feira 26, na B3, seu primeiro Exchange Traded Fund (ETF). O produto é um fundo passivo que se propõe a seguir de perto algum índice de mercado. A gestora do Bradesco, que tem cerca de R$ 590 bilhões sob gestão, escolheu o Ibovespa como baliza para o seu ETF, que terá a custódia e administração à cargo do BNP Paribas. “Vivemos um momento de ajuste da economia. Com a tendência de queda das taxas de juros, surge a necessidade de maior diversificação, e o investimento em ETFs tende a ganhar cada vez mais espaço no mercado brasileiro”, diz Ricardo Almeida, CEO da Bram. Para atrair investidores, a empresa vai cobrar menos que os concorrentes. A taxa de administração do fundo será de 0,20%. Os ETF de Ibovespa do Itaú e da BlackRock têm taxas de 0,30%, e o da Caixa cobra 0,50%.

Trata-se do quarto ETF do mercado brasileiro que tem o Ibovespa como lastro. O Ibovespa é composto por 66 ativos de 63 empresas. Itaú, Vale, Bradesco e Petrobras são as empresas com maior peso no benchmark, que encerrou o pregão acima dos 100 mil pontos no dia 19. Com o novo produto, são 18 os ETFs no mercado brasileiro, sendo 16 de renda variável e dois de renda fixa. O Itaú responde por nove deles. “O ETF é um produto que atende investidores de todos os tamanhos, razão pela qual tem se tornado cada vez mais popular em um cenário de juros baixos como o que vivemos hoje”, afirmou o presidente da B3, Gilson Finkelsztain.