Os alunos do 9º ano da rede estadual de São Paulo tiveram piora no desempenho em Matemática em 2018. Dados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) foram divulgados nesta quarta-feira, 19, pelo governador Márcio França. Nas outras séries escolares houve pequena melhora nas notas, mantendo o padrão dos últimos anos da avaliação com pouco avanço na aprendizagem.

A prova do Saresp avalia o desempenho dos alunos do 3º e 5º anos do ensino fundamental 1, do 7º e 9° anos do ensino fundamental 2, 2º e 3º ano do ensino médio, em Língua Portuguesa e Matemática.

A 12 dias do fim do mandato, o governador adiantou a divulgação das notas gerais da prova, que foi realizada pelos alunos nos dias 26 e 27 de novembro. Nos últimos anos, o resultado era divulgado junto com o Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp) – composto pelas notas das duas disciplinas e as taxas de aprovação, reprovação e abandono escolar.

Apesar da pequena elevação no desempenho dos estudantes, o secretário de Educação João Cury comemorou os resultados. “Nunca vamos ter de um ano para o outro um aumento muito grande. Essa construção é permanente e coletiva. O que importa é que impactamos a rede muito positivamente em 2018”, disse.

Em Matemática, os alunos do 9º ano foram os únicos que tiverem notas menores que no ano anterior – passou de 256,7 para 255,6. No 5º ano, a nota aumentou de 223,8 para 227,4. No 3º ano do ensino médio subiu de 278,3 para 278,6.

Em Língua Portuguesa, o desempenho teve ligeira melhora em todas as séries. No 5º ano, passou de 214,3 para 217. No 9º ano, de 242,5 para 249,6 e, no 3º ano, de 274,5 para 278,8.

Segundo o secretário, a queda no desempenho dos alunos do 9º ano, último ano antes do ensino médio, mostra a necessidade de uma política “mais assertiva” para essa etapa da Educação básica. “É uma série que é sempre um ponto de atenção importante por ser o final de um ciclo. É quando o aluno começa a pensar se continua na escola, se faz sentido continuar estudando. Esse é o grande desafio, trabalhar de forma assertiva esse período porque é nele que corremos o risco de perder alunos”.