O Facebook informou que 50 mil usuários foram alvos de espionagem por pelo menos sete empresas privadas dentro da plataforma, que já foram banidas da estrutura.

Segundo a Meta, as empresas se disfarçavam de companhias de segurança cibernética para rastrear pessoas comuns na internet. “Os mercenários cibernéticos costumam alegar que seus serviços e vigilância têm o objetivo de focar no rastreamento de criminosos e terroristas”, explicou Nataniel Gleicher, chefe de segurança da empresa. 

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O Facebook afirmou que vai avisar todas essas pessoas dos riscos que elas e seus dados correram. 

Duas empresas banidas pela Meta se pronunciaram. A Black Cube, de Israel, negou que espionou pessoas comuns na rede social. 

“A Black Cube trabalha com os principais escritórios de advocacia do mundo na prova de suborno, descobrindo corrupção e recuperando centenas de milhões em ativos roubados. A Black Cube obtém aconselhamento jurídico em todas as jurisdições em que operamos, a fim de garantir que todas as atividades de nossos agentes estejam em total conformidade com as leis locais”, disse em nota. 

Outra empresa israelense envolvida no escândalo, a Cobwebs Technologies afirmou que não tomou conhecimento do banimento na plataforma. Em declaração feita à Forbes, apontou que “não tinha conhecimento de quaisquer alegações sobre nossos serviços. O Cobwebs opera apenas de acordo com a lei e segue padrões rígidos em relação à proteção da privacidade”, encerrou.