Sabemos que cada caso é um caso, com as especificidades dos desafios de cada negócio. Porém, além das incertezas no macro cenário político econômico no nosso País, cinco tipos de pesadelos têm sido comuns a todas as empresas e estão tirando o sono da maioria dos CEOs e demais dirigentes de empresas no Brasil:

1- Perda de clientes

2- Redução de custos

3- Clareza dos resultados

4- Elevado grau de endividamento

5- Inovação

PERDA DE CLIENTES: aumentou a infidelidade, o nível de satisfação tem caído, inadimplência aumentando… Muitos CEOs têm dito que se conseguirem não perder cliente e manter a receita do ano anterior, isso já é uma vitória e tanto. Desconfiam que o atendimento aos clientes tem piorado e queixam-se que as estratégias tradicionais de marketing não têm sido eficazes para promover a marca nem contribuir para o aumento das vendas.

Hoje, mais do que a propriedade de certos produtos e serviços, o que os clientes valorizam mesmo é o acesso e não mais a posse. Valorizam também a experiência que vivem na convivência com uma marca, no antes, durante e depois da compra.

REDUÇÃO DE CUSTOS: a maioria não tem conseguido cortar a raiz dos desperdícios, os chamados “custos ocultos”. Tem sempre uma “primeira onda de cortes” e depois os programas param. E queixam-se que muitos dos diretores acham que cortar custos é sinônimo de cortar pessoas (muitos de baixo salário) e deixam de fazer o dever de casa de buscar os problemas associados com retrabalho, duplicidade, sistemas e processos inadequados etc.

DEFINIÇÃO DE RESULTADOS: queixam-se que os acionistas querem o aumento no faturamento e na fatia de mercado, mas quando baixa a rentabilidade, reclamam. Outros exigem saldo de caixa, mas não aceitam redução nas vendas e poucos estão preocupados com os resultados qualitativos como imagem, satisfação e  clima. Na crise, dizem, os acionistas querem “a última linha”, o bottom line, o lucro líquido,  sempre se queixam quando os outros indicadores qualitativos são motivos de críticas na mídia, analistas e opinião pública.

ENDIVIDAMENTO: o elevado grau de endividamento, a inadimplência com credores, os custos financeiros maiores que a geração líquida de caixa, o fantasma da RJ – a Recuperação Judicial,  a sensação de trabalharem para bancos e não mais para os investidores criam enorme desconforto entre os dirigentes.

INOVAÇÃO: o baixo grau de inovação que conseguem nas suas empresas e a ameaça que soluções disruptivas destruam seu negócio sem dar aviso prévio têm sido causa de muitos pesadelos entre CEOs. inteligência artificial, automação, robótica, data analytics, enfim as características do mundo 4.0,  têm assustado muitos dirigentes que temem o surgimento de concorrentes de onde menos esperam.

Como se esses fatores não pudessem passar por suficientes, um pesadelo adicional está angustiando e muito os dirigentes de várias profissões, inclusive a financeira: a perda do equilíbrio entre as diferentes dimensões da vida com a pressão, a baixa qualidade de vida, os medos de perder o emprego e o negócio. Tem aparecido com muito maior frequência: problemas de saúde (diabetes, hipertensão, AVC, infarto e até mesmo morte); problemas familiares (divórcios frequentes, filhos adolescentes saindo da casa de pais angustiados) e baixo nível de cidadania (muitos deixaram de contribuir com causas sociais e ambientais).