Em um momento onde o país tem mais de 13 milhões de desempregados, todo mundo sabe como uma entrevista de emprego é concorrida e um pequeno deslize pode colocar tudo a perder.

Desde o momento de enviar o currículo até as entrevistas com os gestores das vagas muita coisa pode acontecer, desde uma pergunta feita em um momento errado até um nervosismo na hora de mostrar porque você é merecedor do cargo. 

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Para te ajudar nesse momento, pedimos alguns conselhos para o diretor de recrutamento da Robert Half, Lucas Nogueira, de como manter a calma e dizer as coisas certas na hora da entrevista.

No primeiro contato, evite perguntas fechadas 

Atualmente é bastante comum que uma oportunidade apareça na sua caixa de mensagem do linkedin, e-mail ou WhatsApp. Nogueira conta que nesse primeiro contato com a pessoa que te chamou para a vaga, não é bom fazer perguntas fechadas como o salário, a carga horária ou quem será o seu superior imediato. “É interessante se mostrar aberto a marcar uma conversa”, diz. 

Prepare um currículo 

Por mais que hoje as empresas possam ter várias informações sobre o candidato em uma pesquisa pela internet, se você conseguir ir adiante com o processo seletivo, tenha um currículo em mãos. Facilite o trabalho do recrutador.

Pesquise sobre a vaga e o mercado

Sabe aquela hora em que o responsável pela vaga quer saber se você tem alguma pergunta a fazer? De acordo com Nogueira esse é um momento que você pode se destacar se fizer o questionamento certo, e isso só vai acontecer se você tiver pesquisado sobre a empresa e seu ramo de atividade. 

“Se te perguntarem sobre sua pretensão salarial, pode falar. Mas esse também pode ser o momento de fazer alguma pergunta específica sobre um aspecto do ramo de atividade da empresa e ter um diferencial”.

Se identifique com a empresa

Hoje as empresas valorizam cada vez mais questões subjetivas e não só algo que vai causar um impacto imediato na sua rentabilidade. A dica de Lucas nesse caso é que você esteja a par do que aquela empresa pensa em seu valor e missão. 

“Para quase 60% dos gestores de RH e entrevistadores a maior preocupação hoje é com a retenção de talentos, e ela não se dá só por salários. A geração mudou e o funcionário hoje está preocupado com valores e propósito. O valor não é só o que a empresa coloca na parede, mas o que a sociedade vê”, disse. 

“Venda” os soft skills

A nova economia valoriza muitas coisas que antigamente não eram importantes. Os softs skills são habilidades pessoais que fogem do conhecimento puramente teórico sobre a área em que você atua. 

Nogueira citou o Guia Salarial 2022, produzido pela Robert Half, e reforçou que algumas delas estão sendo bastante valorizadas pelas empresas: comunicação, flexibilidade e senso de dono.

“Com as empresas trabalhando à distância, é essencial ter uma boa comunicação para escrever um e-mail e falar em uma reunião, por exemplo, para evitar ruídos futuros. Já a flexibilidade é uma habilidade em que você não fica essencialmente preso na sua área. Se eu sou da contabilidade, mas tenho que fazer algo para o setor comercial, eu preciso saber fazer. O senso de dono significa que a empresa quer que seus funcionários tenham uma visão do todo”, explica Nogueira.  

Ele também reforçou que a melhor forma de conseguir passar esse conhecimento na hora de uma entrevista é citando exemplos práticos de quando essas habilidades foram importantes para você e sua empresa.