O comitê consultivo independente da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, rejeitou o plano de oferecer doses de reforço da Pfizer contra Covid-19. Na votação desta sexta-feira (17) foram 16 contra e 2 a favor.

A decisão foi contra os esforços do governo de Joe Biden em reforçar a proteção das pessoas contra o coronavírus e sua nova versão mais contagiosa, a variante Delta.

A discussão do comitê durou por várias horas e os especialistas argumentaram que a empresa Pfizer apresentou poucos dados sobre a segurança da aplicação das doses extras. Além disso, os cientistas alegaram que os dados fornecidos por pesquisadores israelenses sobre a campanha de reforço podem não ser adequados para prever a experiência nos Estados Unidos.

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Anthony Fauci, presidente do comitê, e o presidente Joe Biden defendem a adoção de uma terceira dose e argumentam que o reforço melhoraria a eficácia e proteção da população.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda usar as doses para vacinação de pessoas que ainda não foram imunizadas.

A Pfizer defende o reforço e ressalta as evidências de Israel.

Alguns cientistas afirmam que as doses de reforço das vacinas contra a covid-19 não são necessárias para cidadãos com bom sistema imunológico. De acordo com os especialistas, os imunizantes são efetivos contra casos graves da doença e hospitalização, inclusive a variante Delta.

Oficiais da FDA apontam que os estudos que embasam a tese de reforço, além de não serem realizados nos Estados Unidos, não foram concluídos.