Quando o assunto é inovação, o primeiro passo a ser dado por uma empresa, e o mais importante, é realizar um processo de reflexão para tentar entender em que momento a operação ficou adormecida na criação de novos processos que acompanham a demanda do mercado e, em especial, do novo consumidor. Resgatando isso, é possível estabelecer uma estratégia de inovação alinhada ao propósito da empresa. E essa possibilidade aumenta quando se trata de uma empresa com o DNA inovador.

 

O segundo passo a ser dado é entender os problemas atuais da corporação, uma tarefa que irá ajudar no direcionamento das ações para estabelecer quais processos deverão ser sistematizados para alcançar a sua inovação. Existem situações em que a empresa já pode estar desenvolvendo bem o intraempreendedorismo, resolvendo diversos problemas do dia a dia com ideias da própria organização.

Neste estágio, é natural começar a vislumbrar espaços para ideias ou soluções que venham de fora, e naturalmente passam a buscar pela inovação aberta, ou externa. Esta pode agregar valor e acelerar a transformação de ideias em produtos. Porém, neste estágio, uma ferramenta que gerencie as ideias se faz necessária para que seja analisada as iniciativas e rapidamente avaliada as viabilidades para entender o impacto no negócio.

O terceiro ponto, que deve ser considerado como prioritário para evoluir as iniciativas planejadas, tornando-se um direcionador da inovação, é o uso dos KPIs, ou seja, os indicadores. Aqui, será possível avaliar qual é a capacidade de operação da inovação interna. Já estamos cansados de saber que inovação sem execução é ilusão e, por isso, indicadores como percentual de ideias implementadas sobre ideias capturadas dá uma boa noção de que rumo está tomando a inovação.

Para continuarem competitivas, as empresas precisam estruturar e sistematizar seu processo de inovação, ou seja, é como criar incubadoras internas. Se o processo não for realizado de forma organizada, o caminho para a evolução pode não acontecer, pois é preciso ser rápido para avaliar e decidir sua evolução.

*Angelo Roque é líder de inovação da Parabolt, empresa que transforma ideias inovadoras em negócios disruptivos e escaláveis. A Parabolt faz parte do ecossistema da gA, companhia global de tecnologia.