A segunda injeção da vacina contra a covid-19, desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech, pode ser adiada por várias semanas em “circunstâncias excepcionais”, avaliaram especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira (5).

O Grupo Consultivo de Especialistas Estratégicos (SAGE) em vacinação “recomenda a administração das duas doses desta vacina em um período de 21 a 28 dias”, declarou, em entrevista coletiva, seu presidente, o mexicano Alejandro Cravioto, embora tenha indicado que era possível adiar a segunda injeção por várias semanas, “em circunstâncias excepcionais de contextos epidemiológicos e problemas de abastecimento”.

CoronaVac em São Paulo

No estado de São Paulo, o governo também está debatendo a possibilidade de aplicar uma dose única da vacina chinesa CoronaVac, que será fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac. O imunizante terá seu pedido de registro feito à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quinta-feira (07).

De acordo com matéria do jornal Folha de S. Paulo, a hipótese começou a ser discutida no Centro de Contingência do
Coronavírus, órgão que decide as medidas relacionadas à pandemia em SP. A resolução, no entanto, depende da determinação exata da eficácia do fármaco entre as duas doses previstas, com espaço de 14 dias, para estimular uma resposta imune.