É o número de ponto-base (centésimos de ponto percentual) de queda esperada na taxa referencial Selic até o fim de 2019, segundo a edição mais recente do relatório Focus, que mede as expectativas do mercado. É a primeira vez que a taxa de juros prevista para a virada do ano recua para 5,5%. Atualmente, a Selic está em 6,5% ao ano.

A redução consistente na expectativa dos juros segue a retração contínua nas estimativas para o crescimento econômico e da inflação. Na edição mais recente do relatório Focus, do Banco Central (BC), a expansão esperada do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 retrocedeu para 0,85%. O movimento de baixa vem se prolongando há 18 semanas e, no levantamento anterior, o crescimento previsto era de 0,87%. Com relação ao IPCA, os prognósticos mais recentes são de uma inflação de 3,8% no ano, em baixa ante os 3,82% do levantamento anterior. São cinco semanas de redução nas estimativas.

Com tantos indicadores de que a economia está desaquecida, é praticamente um consenso no mercado de que o BC deverá começar a reduzir os juros. A única divergência é se o início do processo de corte nos juros vai começar já na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de julho ou se a autoridade monetária vai aguardar até setembro.


O tempo é o senhor dos lucros

É um lugar comum no mercado dizer que os investimentos em ações
são de longo prazo. Um levantamento da empresa de informações financeiras Economatica prova isso. Por meio de uma comparação com a mediana da rentabilidade dos fundos de ações em relação ao índice Bovespa, é possível perceber que aplicações mais longas obtêm um rendimento bastante superior à média do mercado. Com mais prazo, os gestores conseguem implementar suas estratégias e obter melhores resultados.


US$ 8,2 bilhões

Foi o saldo negativo do fluxo cambial em junho, que mede as entradas e saídas de dólares do País, segundo dados divulgados na quarta-feira 3. As transações financeiras, com saídas de US$ 8,4 bilhões, foram o canal responsável pelo resultado do mês passado. Já as operações comerciais registraram em junho uma leve entrada de US$ 148 milhões. Os números de junho foram os mais baixos do ano. E foi o pior junho já registrado desde o início da série histórica, em 1982. No primeiro semestre, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 5,1 bilhões, reflexo do saldo negativo financeiro de US$ 15,3 bilhões, apenas parcialmente compensado pelo saldo positivo comercial de US$ 10,2 bilhões.

1,953%

Foi a remuneração dos títulos referenciais de dez anos do Tesouro Americano na quarta-feira 3. Foi o menor nível de juros em mais de 30 meses. A rentabilidade dos títulos mais longos, de 30 anos, caiu para 2,465% ao ano, a menor desde outubro de 2016. Esses dois títulos são os mais negociados no mercado americano e servem para balizar taxas de juros ao redor do mundo.