O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, disse que é possível que a companhia atinja, dentro dos próximos 12 meses, uma dívida líquida de US$ 15 bilhões, mas que essa meta depende de preços das commodities. A dívida líquida da Vale no final do ano passado era de US$ 25,075 bilhões. Mesmo se os preços não se comportarem como o esperado, o executivo disse que a companhia irá atingir sua meta no curto prazo. ‘Liability management’ A Vale seguirá com seu programa de liability management, que é um gerenciamento das dívidas, disse Siani. O executivo lembrou a recente emissão de US$ 1 bilhão no mercado externo e que agora a companhia tem recomprado alguns bônus com vencimento em 2018, por exemplo. A estratégia é trocar vencimentos mais caros por uma dívida mais barata. “Mas há alternativas em liability management fora do mercado de capitais”, disse em teleconferência para analistas estrangeiros. Dividendos O presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse, sem estabelecer prazos, que a companhia será uma das maiores pagadoras de dividendos entre as mineradoras. “Teremos um dos maiores payouts do setor de mineração. No longo prazo, deveremos nos envolver apenas em projetos de classe mundial. Sem essa opção, a Vale estará devotada em aumentar os dividendos”, comentou. Esse aumento dos proventos, no entanto, não deve ocorrer no momento, visto que o foco da empresa será em reduzir sua alavancagem.