Dados do Fórum Econômico Mundial de 2015, apontam que, dentre 124 países, o Brasil ocupa a 78a posição em qualificação da mão de obra. De olho nisso, a FundaCred, instituição gaúcha que atua no crédito educacional, intensificou a atuação de sua modalidade voltada ao universo corporativo: o CredCORP. A ideia é prover um crédito estudantil para empresas destinarem a seus funcionários. Eles podem vir por meio de cursos como MBA, extensão e graduação. “Estamos conversando com várias companhias para oferecer esse produto”, diz Nivio Delgado, CEO da FundaCred. Mas não tem sido fácil.

Medo de quê?

De acordo com Delgado, o maior desafio do departamento de RH das companhias é convencer a área financeira a investir em cursos para os colaboradores. “Eles têm receio de investir em um curso para o funcionário e ele deixar a companhia logo em seguida.” Nesse modelo proposto pela FundaCred, a empresa paga o financiamento desde que o funcionário se comprometa a permanecer na companhia dois anos após concluir o curso. O executivo aponta que, com o crédito estudantil corporativo, as companhias reteriam mais talentos, assim como melhorariam o engajamento do colaborador. “Cada empresa poderá negociar a forma de pagamento dos cursos.”

(Nota publicada na Edição 1020 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Hugo Cilo, Márcio Kroehn e Paula Bezerra)